O Governo do Estado, através de uma parceria com a ONG
Repórter Brasil, oferece mais uma etapa do projeto “Escravo, Nem Pensar!”. Desta
vez, a formação continuada aconteceu com professores (as) das escolas públicas estaduais
de Imperatriz, nos dias 15 e 16/02, tendo como foco o desenvolvimento de projetos
nas escolas e como missão difundir o conhecimento a respeito do tráfico de
pessoas e trabalho escravo contemporâneo, como forma de combater essa violação
dos direitos humanos.
O projeto “Escravo, nem Pensar!” prevê a
formação de 10.000 professores que atuam em todos os segmentos e modalidades de
ensino (Fundamental/Médio/Educação de Jovens e Adultos) de 72 municípios, em
sete regiões do Maranhão. Nessas áreas estão localizadas 316 escolas e cerca de
190 mil alunos serão atendidos. A formação também foi ofertada para
gestores regionais, técnicos das UREs e Secretaria de Educação (Seduc).
Profª Rosyjane Paula, gestora da UREI, durante abertura da formação Foto: Cida Marconcine |
Na abertura da formação, participaram
da composição da mesa solene a gestora e a diretora da UREI, profª Rosyjane Paula e profª Drª Orleane Santana, respectivamente, e representantes da
Delegacia Regional do Trabalho de Imperatriz, advogado Paulo Vinicius; do
Centro de Cultura Negra Negro Cosme (CCNNC), professora Izaura Silva; e do Centro
de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia, professor Milton
Teixeira Santos Filho.
“Esta
é uma formação de grande importância voltada ao combate do trabalho escravo no
Maranhão, por meio da prevenção. O projeto Escravo, Nem Pensar! considera que a
maneira mais eficaz de erradicar violações aos direitos humanos, é pela
educação devido ao seu papel transformador e libertador”, esclarece a diretora
Regional de Educação de Imperatriz, profª Orleane Santana.
Cada escola inscreveu três professores (as) para a formação Foto: Cida Marconcine |
Palestra com o professor Milton Teixeira Santos Filho Foto: Cida Marconcine |
Durante os dois dias de formação, os professores tiveram
a oportunidade de refletir e discutir sobre as causas estruturais
do trabalho escravo e as consequências desse tipo de exploração, conferindo a
essa questão sua dimensão social, política, econômica e ambiental. Também
puderam construir
de forma coletiva o perfil de um trabalhador migrante, que normalmente é alvo
fácil dos aliciadores para o trabalho escravo. Outra atividade realizada foi a elaboração,
em grupos, do plano de ação, que irá nortear os projetos a serem desenvolvidos nas
escolas sobre trabalho escravo contemporâneo e temas correlatos, de forma a
multiplicar, na sala de aula e nas comunidades, as informações e conhecimentos
adquiridos durante a formação.
Participantes elaboram o plano de ação do Escravo Nem Pensar! Foto: Cida Marconcine |
No mês de março, a formação também será oferecida aos
professores (as) dos outros municípios (Davinópolis, João Lisboa, Senador La
Roque, Buritirana, Amarante, Porto Franco, Estreito, São João do Paraíso,
Campestre, Lajeado Novo, Montes Altos, Governador Edison Lobão e Ribamar
Fiquene), que integram a Unidade Regional de Educação de Imperatriz (UREI).
Texto: Cida Marconcine
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