quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Governo do Estado oferece formação “Escravo, nem Pensar!” para técnicos das UREs

Texto: Cida Marconcine

Abertura da Formação Escravo, Nem Pensar!
Acontece de 22 a 25/09, em São Luís, a Formação de gestores da rede estadual de ensino do Maranhão sobre o tema do trabalho escravo e assuntos correlatos. A gestora Regional de Educação de Imperatriz, profª Rosyjane Paula, participou da mesa solene na abertura do evento. A secretária adjunta de Ensino, profª Ilma Fátima, representando a secretária de Educação, profª Aurea Prazeres, também compôs a mesa. Outras autoridades estiveram presentes com o superintendente de Modalidades e Diversidades Educacionais, Claudinei de Jesus Rodrigues, a supervisora da Educação Indígena, profª Gildete Dutra e a coordenadora do programa, Natália Suzuki.
Este programa de educação é uma parceria do Governo do Maranhão com a ONG Repórter Brasil, com objetivo de desenvolver projetos de conscientização nas escolas da rede pública estadual. "Por um Maranhão livre de trabalho escravo!"
 “O projeto tem como enfoque pedagógico o combate e prevenção do trabalho escravo e fomentará a produção de projetos pedagógicos e práticas educativas sobre essa temática, contribuindo para que o Estado saia do cenário do trabalho escravo”, afirma Áurea Prazeres, secretária de Educação do Maranhão.
Participantes da UREI: profª Orleane Evangelista,
profª Doralice Mota e profª Eró Cunha
 “Esta é uma formação de grande importância voltada ao combate do trabalho escravo no Estado do Maranhão, por meio da prevenção. O programa Escravo, nem Pensar! considera que a maneira mais eficaz de erradicar violações aos direitos humanos, como o trabalho escravo, é pela educação devido ao papel transformador e libertador. Em função disso, foi feita uma parceria com o Governo do Maranhão para que esse magnífico programa seja desenvolvido em nossas escolas estaduais”, conta a diretora Regional de Educação de Imperatriz, profª Orleane Evangelista.
 “As populações vulneráveis estão mais suscetíveis a aceitar propostas de emprego enganosas e acabarem exploradas. O trabalho escravo e a precariedade socioeconomicamente são duas dinâmicas interdependentes”, explica Natália Suzuki, coordenadora do programa Escravo, nem Pensar!. Fazem parte ainda da equipe, Thiago Casteli (coordenador assistente) e Jéssica Stuque (educadora).
O projeto prevê a formação de 10.000 professores que atuam em todos os segmentos e modalidades de ensino (Fundamental/Médio/Educação de Jovens e Adultos) de 72 municípios, em sete regiões do Maranhão. Nessas áreas em que o programa Escravo, nem Pensar! atuará, estão localizadas 316 escolas, cerca de 190 mil alunos serão atendidos. Além disso, contempla de formação direta de 50 gestores e técnicos das Unidades Regionais de Educação (UREs) e Secretaria de Educação (Seduc).
 “Esta formação está instigando nosso olhar para algumas questões, que na maioria das vezes, passam despercebidas por nós, tais como: o que é trabalho escravo? Ainda existe trabalho escravo no Brasil? Quais são esses trabalhadores escravizados? Quem os alicia? E como isso ocorre? Partindo desses questionamentos e muitas discussões chegamos a conclusão que nosso papel enquanto educadores é prevenir e orientar os estudantes e a comunidade sobre o que caracteriza o trabalho escravo e como defender-se de tais armadilhas”, afirma a profª Eró Cunha, integrante da Ceiri/UREI, que participa da formação.
A formação acontece em São Luís, durante toda a semana
Opinião que também é compartilhada pela profª Doralice Mota (Ceiri/UREI): “Esta é uma formação para a cidadania, que visa o combate ao trabalho escravo contemporâneo. Por mais que imaginemos que esta é uma realidade distante de nossa cidade, muito pelo contrário. A maioria dos trabalhadores resgatados em situação analógica à escravidão, em outros estados, Imperatriz aparece em 4º lugar no Maranhão, como município de origem desses trabalhadores. Por isso, trabalhar esta temática em sala de aula é de grande importância para a comunidade escolar”, completa a técnica pedagógica da UREI.
A ação formativa acontecerá em duas etapas. A primeira é esta formação de gestores da rede de ensino estadual. A etapa seguinte se refere ao trabalho de multiplicação a ser realizado no intuito de formar os professores de suas regiões. A metodologia do projeto prevê atividades formativas presenciais e ações realizadas pelo método de ensino à distância. Site do programa: http://www.escravonempensar.org.br/




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