Docentes da Rede Estadual participam de formação durante o II Seminário Novembro Negro - Foto: Aparecida Marconcini Prestes |
O II
Seminário Novembro Negro “Resistência e Militância Negra”, que acontece no
período de 06 a 08/11, na Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão
(UEMASUL), Campus Imperatriz, é uma realização do Centro de Cultura Negra Negro
Cosme (CCNNC), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC)/Unidade
Regional de Educação de Imperatriz (UREI), por meio da Coordenação da Educação
de Igualdade Racial (CEIRI); Universidade Estadual da Região Tocantina do
Maranhão (UEMASUL); Universidade Federal do Maranhão (UFMA); e Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA).
Conferência de Abertura: "Resistência Negra no Brasil, sob o olhar de Maria Firmina dos Reis" - Foto: Divulgação |
A
abertura do Seminário Novembro Negro foi marcada pela Conferência
"Resistência Negra no Brasil, sob o olhar de Maria Firmina dos Reis",
com a Profª Drª Algemira de Macêdo Mendes (UESPI), no auditório da Uemasul, e
pelo Desfile Afro, realizado por estudantes do Centro de Ensino Prof. Edinan
Moraes. O II Seminário Novembro Negro tem caráter formativo e conta com vasta
programação: Mesas Redondas (que acontecem nos auditórios da Uemasul, Ufma e
Ifma), momentos culturais e exposições permanentes. Participam deste Seminário,
os acadêmicos, a comunidade em geral e professores da Rede Pública Estadual,
principalmente os de Língua Portuguesa e Arte, que participaram durante todo o
ano do Ciclo de Formação Continuada, realizado
pela UREI, por meio da CEIRI, no intuito de efetivação das Leis 10.639/03 e
11.645/08 (obrigatoriedade da “História e cultura afro-brasileira e indígena”,
respectivamente) e para o fortalecimento do combate ao racismo e da educação
para as relações étnico-raciais.
Resistência e Militância Negra sob o olhar Quilombola e do Cerrado Foto: Aparecida Marconcini Prestes |
“Este
Seminário Resistência e Militância Negra está sendo muito importante para a
continuidade da nossa formação, porque é um momento de reorganizar nossas
ideias, refletir sobre o que temos estudado, pesquisado e discutido no decorrer
dos encontros ao longo do ano”, conta a professora Eró Cunha, coordenadora da
CEIRI. “Além de termos a oportunidade, durante estes dias, de repensar nossas
posturas, enquanto professores e como estamos desenvolvendo nossos trabalhos
nas escolas, com relação às Leis 10.639/03 e 11.645/08”, explica a professora
Eró. “O Seminário também está sendo um momento ímpar, porque temos uma
diversidade de falares, que é tão rica e que fortalece nossa luta, militância e
resistência, com a presença de educadores de várias instituições e estados,
como a Profª Drª Algemira de Macêdo, da Universidade Estadual do Piauí; a Profª
Mestranda, militante quilombola, Fátima Batista, do Instituto Federal do Tocantins,
assim como professores da UemaSul, da Ufma e do Ifma”, finaliza Eró Cunha.
Para
Mônica Letícia Sousa Vale, que é pedagoga e professora de Arte e Filosofia no
Colégio Militar Tiradentes II, o Seminário Novembro Negro tem suma importância
para os docentes, como oportunidade de fortalecimento da consciência
política-histórica: “Precisamos de formações como esta, porque muitas vezes não
tivemos oportunidade em nossos cursos de graduação. Então este Seminário vem
nos fortalecer, nos unir e agregar mais conhecimentos, para assim trabalharmos em
nossas escolas, com nossos alunos, para que também eles se sintam fortalecidos,
no combate ao racismo e a discriminação racial”, destaca a professora Mônica
Letícia.
Exposições
Durante
todos os dias de programação do II Seminário Novembro Negro, acontecem três
exposições permanentes, na UemaSul, abertas ao público:
- X Mostra de Desenhos Afros 2019
(CEIRI/UREI), composta de desenhos produzidos por estudantes da Rede
Pública Estadual, que participaram no Concurso de Desenhos realizados este ano,
com a temática “Mãe África: a força de um continente e o legado deixado à
comunidade”;
- Mulheres Negras: (Re)tratos &
(Re)cortes, exposição fotográfica organizada pelas professoras da Rede
Pública Estadual, Eró Cunha (CE Prof. Edinan Moraes/UREI) e Aparecida
Marconcini Prestes (CE Dorgival Pinheiro de Sousa/UREI);
- Bonecas e bonecos com características
Afro-Brasileiras representação e empoderamento, da pesquisadora Dulce Maria
Bezerra de Freitas, com orientação de Anni Francielly Bahia Chaves e Eró Cunha.
Texto: Aparecida Marconcini Prestes
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